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Em defesa dos direitos humanos, dos direitos das populações tradicionais, pela reforma agrária, fora Bolsonaro.

Hoje, dia de Tiradentes, 21/04, mais uma vez a Amazônia é palco de conflitos de luta pela terra.

Na região do monocultivo do dendê, as comunidades originárias, quilombolas e ribeirinhos vivem em constante conflito com a empresa Brasil BioFuels (BBF), no município do Acará, desde que essa comprou as terras da empresa Biopalma e descumpriu acordo de compensação firmado com essas populações.
As lideranças têm afirmado que não aceitam mais a presença da empresa em seu território matando a vida.

Os conflitos pela terra tem se agravado no Estado devido à ausência de uma política pública do governo federal e, com isso favorece o desmatamento, a agressão ao meio ambiente, o ataque aos direitos dos povos tradicionais, em favor dos grileiros e das empresas que exploram e sugam os recursos naturais da Amazônia brasileira.

O Partido Comunista do Brasil – PCdoB Pará, manifesta solidariedade aos povos tradicionais, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pescadores e trabalhadores rurais do município de Acará, no Estado do Pará, atingidos em seus direitos, da liberdade de ir e vir, do direito ao trabalho digno e do livre uso de seus territórios para a sobrevivência e posse da terra, e plenitude dos direitos humanos.

O agravamento desses ataques aos territórios dos povos tradicionais e aos trabalhadores, que vivem e trabalham na área há dezenas de anos, foram acirradas a partir do governo Bolsonaro que liquidou as políticas públicas de proteção à esses povos, ao tempo que fortalece os poderosos latifúndios, grileiros, madeireiras e garimpeiros ilegais na Amazônia.

O governo federal implementa o desmonte da política nacional da regularização fundiária, no campo e na cidade; o trabalho análogo a escravidão, o favorecimento de grandes empresas associadas ao capital estrangeiro, a degradação do
meio ambiente, com liberação e incentivo à uso de agrotóxicos e produtos nocivos usados, inclusive na monocultivo do dendê. Por outro lado empodera a grilagem de terras, a pistolagem, por fim, incentiva a liberação de armas e incita a resolução dos conflitos na base da lei do mais forte.

O PCdoB Pará manifesta irrestrito apoio aos povos dessa área, vítimas do arbítrio, e requer imediato aparato estatal nas mediações e soluções dos conflitos, ali instalados, pugnando pela mudança na política nacional de defesa dos direitos humanos e sociais, entendendo que o rumo seja a eleição de um Presidente do campo democrático e popular, compromissado com a defesa da Amazônia, dos amazônidas e pela retomada do desenvolvimento nacional.

Belém/Pará, 21 de abril de 2022.

Comissão Política Estadual do PCdoB Pará